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Postura sentada nas escolas!

Data da Publicação: 09/04/2015

No Brasil, os números revelaram que 40.366.236 estudantes foram matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal – em 2013 (DOU), no ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos, cujos estudantes se encontram em idades privilegiadas para a formação de valores e hábitos favoráveis à saúde. Este texto esta sendo baseado nas informações do ministério público.

Pois é um público onde ações educativas em saúde merecem o desenvolvimento de atenções integradas e coesas, para que se alcance sucesso e impacto na postura destes indivíduos. Segundo as Leis de Diretrizes e Bases da Educação (Niskier, 1997), toda criança deverá completar o ensino fundamental. Dessa forma, todo aluno terá de utilizar a postura sentada por, no mínimo, oito anos, cerca de quatro a cinco horas por dia, e de maneira muitas vezes inadequada, o que já representa um fator de risco para sua saúde, pois, segundo a literatura, é altamente desaconselhável permanecer sentado por mais de 45 a 50 minutos sem interrupções (Paulsen & Hensen, 1994). Além disso, há a suspeita de que sua reduzida atividade física somada a configurações posturais nem sempre adequada, tanto em casa como na escola, poderiam provocar um desequilíbrio na sua musculatura, provocando posições anormais de estruturas anatômicas que ainda estão em fase de desenvolvimento. A postura sentada gera várias alterações nas estruturas musculoesqueléticas da coluna lombar.

O simples fato de o indivíduo passar da postura em pé para a sentada aumenta em aproximadamente 35% a pressão interna no núcleo do disco intervertebral e todas as estruturas (ligamentos, pequenas articulações e nervos), isso se o indivíduo estiver sentado nas melhores condições possíveis. Além dos problemas lombares, a postura sentada prolongada tende a reduzir a circulação de retorno dos membros inferiores, gerando edema nos pés e tornozelos e, também, promove desconfortos na região do pescoço e membros superiores (Coury, 1994).

Caso o indivíduo sentado realize posturas incorretas por longo período – flexão anterior do tronco, falta de apoio lombar e falta de apoio do antebraço – as alterações são potencializadas, sendo que a pressão intradiscal aumenta para mais de 70%. Este fato pode predispor o indivíduo a maiores índices de desconfortos gerais, tais como dor, sensação de peso e formigamento em diferentes partes do corpo e, principalmente, a processos degenerativos, como a hérnia de disco (Coury, 1994).

Hábitos posturais incorretos, adotados desde o ensino fundamental, são motivos de preocupação. Pelo fato de serem crianças, o esqueleto está em fase de formação, sendo mais susceptível a deformações das estruturas musculoesqueléticas apresentando menor suportabilidade à carga (Knoplich, 1985).

É fundamental lembrar que as estruturas que compõem a unidade vertebral (ligamentos e disco intervertebral) sofrem um processo de degeneração ao longo da vida e não possuem mecanismos de regeneração (Rebelatto et al., 1991). Sendo assim, o conjunto de alterações (posturas biomecanicamente incorretas) é o fator que potencialmente pode criar condições de prejuízos significativos ao sistema musculoesquelético nos escolares, particularmente às estruturas que compõem a coluna vertebral.

Uma forma de minimizar os efeitos adversos da postura sentada para as estruturas musculoesqueléticas é o planejamento e/ou replanejamento do ambiente físico, com adoção de mobiliário ajustável a diferentes requisitos da tarefa e às medidas antropométricas individuais. Apenas esta forma de intervenção, contudo, não é suficiente para minimizar o problema. Os programas de treinamentos preventivos são outra forma de reduzir sobre o organismo humano os efeitos da postura sentada. Enquanto ainda não temos a ação direta de fisioterapeutas nas escolas e isso não é mérito apenas das escolas públicas, os pais devem anteceder as queixas de seus filhos e buscarem estas avaliações nos consultórios de fisioterapia. A ação preventiva postural é capaz de refletir na vida adulta positivamente, além de permitir um desenvolvimento neuro-músculo-esquelético que refletirá positivamente na absorção das informações em sala de aula.



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Postura sentada nas escolas!

Data da Publicação: 09/04/2015

No Brasil, os números revelaram que 40.366.236 estudantes foram matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal – em 2013 (DOU), no ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos, cujos estudantes se encontram em idades privilegiadas para a formação de valores e hábitos favoráveis à saúde. Este texto esta sendo baseado nas informações do ministério público.

Pois é um público onde ações educativas em saúde merecem o desenvolvimento de atenções integradas e coesas, para que se alcance sucesso e impacto na postura destes indivíduos. Segundo as Leis de Diretrizes e Bases da Educação (Niskier, 1997), toda criança deverá completar o ensino fundamental. Dessa forma, todo aluno terá de utilizar a postura sentada por, no mínimo, oito anos, cerca de quatro a cinco horas por dia, e de maneira muitas vezes inadequada, o que já representa um fator de risco para sua saúde, pois, segundo a literatura, é altamente desaconselhável permanecer sentado por mais de 45 a 50 minutos sem interrupções (Paulsen & Hensen, 1994). Além disso, há a suspeita de que sua reduzida atividade física somada a configurações posturais nem sempre adequada, tanto em casa como na escola, poderiam provocar um desequilíbrio na sua musculatura, provocando posições anormais de estruturas anatômicas que ainda estão em fase de desenvolvimento. A postura sentada gera várias alterações nas estruturas musculoesqueléticas da coluna lombar.

O simples fato de o indivíduo passar da postura em pé para a sentada aumenta em aproximadamente 35% a pressão interna no núcleo do disco intervertebral e todas as estruturas (ligamentos, pequenas articulações e nervos), isso se o indivíduo estiver sentado nas melhores condições possíveis. Além dos problemas lombares, a postura sentada prolongada tende a reduzir a circulação de retorno dos membros inferiores, gerando edema nos pés e tornozelos e, também, promove desconfortos na região do pescoço e membros superiores (Coury, 1994).

Caso o indivíduo sentado realize posturas incorretas por longo período – flexão anterior do tronco, falta de apoio lombar e falta de apoio do antebraço – as alterações são potencializadas, sendo que a pressão intradiscal aumenta para mais de 70%. Este fato pode predispor o indivíduo a maiores índices de desconfortos gerais, tais como dor, sensação de peso e formigamento em diferentes partes do corpo e, principalmente, a processos degenerativos, como a hérnia de disco (Coury, 1994).

Hábitos posturais incorretos, adotados desde o ensino fundamental, são motivos de preocupação. Pelo fato de serem crianças, o esqueleto está em fase de formação, sendo mais susceptível a deformações das estruturas musculoesqueléticas apresentando menor suportabilidade à carga (Knoplich, 1985).

É fundamental lembrar que as estruturas que compõem a unidade vertebral (ligamentos e disco intervertebral) sofrem um processo de degeneração ao longo da vida e não possuem mecanismos de regeneração (Rebelatto et al., 1991). Sendo assim, o conjunto de alterações (posturas biomecanicamente incorretas) é o fator que potencialmente pode criar condições de prejuízos significativos ao sistema musculoesquelético nos escolares, particularmente às estruturas que compõem a coluna vertebral.

Uma forma de minimizar os efeitos adversos da postura sentada para as estruturas musculoesqueléticas é o planejamento e/ou replanejamento do ambiente físico, com adoção de mobiliário ajustável a diferentes requisitos da tarefa e às medidas antropométricas individuais. Apenas esta forma de intervenção, contudo, não é suficiente para minimizar o problema. Os programas de treinamentos preventivos são outra forma de reduzir sobre o organismo humano os efeitos da postura sentada. Enquanto ainda não temos a ação direta de fisioterapeutas nas escolas e isso não é mérito apenas das escolas públicas, os pais devem anteceder as queixas de seus filhos e buscarem estas avaliações nos consultórios de fisioterapia. A ação preventiva postural é capaz de refletir na vida adulta positivamente, além de permitir um desenvolvimento neuro-músculo-esquelético que refletirá positivamente na absorção das informações em sala de aula.






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