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A Osteoartrose precoce em atletas!

Data da Publicação: 02/06/2014

A participação de jovens em esporte é cada mais incentivada e vem crescendo em todos os esportes através de escolinhas, práticas nas próprias escolas e clubes, trazendo com elas consequências físicas, psicológicas e sociais da prática desportiva.

Muitas destas consequências são positivas, como: melhora da qualidade de vida, redução do risco de doenças crônicas, melhora do condicionamento cardiovascular e diminuição de obesidade, doenças cardíacas e de diabetes melito tipo 2. Além de diminuição de massa gorda, aumento de força muscular, da resistência e da massa óssea.

Do ponto de vista psicológico, a prática de atividade esportiva melhora a autoestima e reduz o estresse, a ansiedade e a depressão. Entretanto, a participação de crianças e adolescentes em esportes recreativos ou de alto rendimento vem sendo associada a lesões do sistema musculoesquelético, podendo afetar os ossos, ligamentos, as cartilagens, tendões e os músculos. Essas lesões podem ser causadas por um trauma de grande magnitude ou por traumas de repetição de baixa intensidade.

Estudos mostram que anos após uma lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) e meniscal, 50% ou mais dos indivíduos apresentaram osteoartrose (OA), ou seja, um indivíduo jovem com joelho velho.

A OA é uma das doenças musculoesqueléticas degenerativas mais comuns, responsáveis por diminuir a qualidade de vida.

Geralmente, a OA é associada ao envelhecimento, mas acomete aproximadamente 10% da população e mais de 50% dos idosos com idade superior a 65 anos.

A obesidade, que leva a um estresse excessivo nas articulações, mau alinhamento articular e a fraqueza muscular são alguns dos principais fatores de risco da OA, além do processo natural de envelhecimento.

A atividade física e esportiva, que pode ser considerada uma medida de prevenção e tratamento da OA, pode também ser a causadora da doença por meio de lesões articulares de caráter agudo ou crônico.

O início precoce da população jovem da prática esportiva resulta em uma alta incidência de sobrecarga nas articulações que sofrem a descarga de peso, tais como, por exemplo, pés, tornozelos, joelhos, quadris e coluna vertebral.

O tecido cartilaginoso presente nas articulações, apresenta uma baixa capacidade de regeneração, a avaliação desse processo degenerativo e a respectiva ação fisioterapêutica em atletas devem ser realizadas de maneira precoce, a fim de garantir maior longevidade a essa população. Além disso, é importante entender os mecanismos desencadeadores da doença e conhecer os principais fatores de riscos que podem acelerar o processo degenerativo, a fim de que os exercícios terapêuticos sejam adequados e não se tornem mais um fator de risco para o agravamento do processo degenerativo.

A cartilagem articular é uma fina camada (de 1-6mm) de cartilagem hialina que recobre a superfície articular de ossos em articulações sinoviais. Consiste de células e matriz intracelular, com um conteúdo de água de 65 a 80%, proteínas (colágeno, proteoglicanas e outras proteínas) e eletrólitos. Essa cartilagem é um material viscoelástico, que, juntamente com líquido sinovial, possibilita um movimento praticamente sem atrito das superfícies articulares. Dentre suas funções, podemos citar:
•Transferência de forças entre os ossos articulados;
•Aumento da congruência óssea;
•Distribuir forças articulares, a fim de minimizar a concentração de estresse mecânico;
•Absorver impactos;
•Possibilitar movimentos articulares com fricção mínima.

A OA é uma síndrome clínica que resulta da perda progressiva da cartilagem articular, acompanhada da tentativa de reparo do tecido cartilaginoso, do remodelamento e da esclerose do osso subcondral (logo abaixo da cartilagem) e em algumas circunstâncias, da formação de cistos subcondrais e osteófitos.

Os sintomas clínicos comuns são dor articular, rigidez, limitação de movimento, crepitação, inflamação associada a edema intra-articular, redução da amplitude de movimento e fraqueza muscular.

A dor que acomete os pacientes com OA nem sempre surge no início da degeneração articular no início da doença. Este fato está relacionado com o fato de a cartilagem não possuir inervação ou sensores de dor que sinalizem ao sistema nervoso o processo degenerativo. Em função disso, em muitos casos a OA se manifesta de forma assintomática e o processo degenerativo só é percebido pelos pacientes quando não há mais revestimento cartilaginoso.

Os principais fatores de riscos para o aparecimento e a progressão da OA incluem aspectos sistêmicos (idade, etnia, sexo e gênero) e biomecânicos (lesões articulares, obesidade, prática de esportes, ocupação, mau alinhamento postural, fraqueza muscular e displasia).

Para não estender muito o assunto, continuarei a desenvolver o tema na próxima publicação. Espero que esta primeira parte tenha esclarecido como a OA se inicia e falaremos mais de como o esporte pode ser o vilão em favor deste início. Aguardo vocês.



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A Osteoartrose precoce em atletas!

Data da Publicação: 02/06/2014

A participação de jovens em esporte é cada mais incentivada e vem crescendo em todos os esportes através de escolinhas, práticas nas próprias escolas e clubes, trazendo com elas consequências físicas, psicológicas e sociais da prática desportiva.

Muitas destas consequências são positivas, como: melhora da qualidade de vida, redução do risco de doenças crônicas, melhora do condicionamento cardiovascular e diminuição de obesidade, doenças cardíacas e de diabetes melito tipo 2. Além de diminuição de massa gorda, aumento de força muscular, da resistência e da massa óssea.

Do ponto de vista psicológico, a prática de atividade esportiva melhora a autoestima e reduz o estresse, a ansiedade e a depressão. Entretanto, a participação de crianças e adolescentes em esportes recreativos ou de alto rendimento vem sendo associada a lesões do sistema musculoesquelético, podendo afetar os ossos, ligamentos, as cartilagens, tendões e os músculos. Essas lesões podem ser causadas por um trauma de grande magnitude ou por traumas de repetição de baixa intensidade.

Estudos mostram que anos após uma lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) e meniscal, 50% ou mais dos indivíduos apresentaram osteoartrose (OA), ou seja, um indivíduo jovem com joelho velho.

A OA é uma das doenças musculoesqueléticas degenerativas mais comuns, responsáveis por diminuir a qualidade de vida.

Geralmente, a OA é associada ao envelhecimento, mas acomete aproximadamente 10% da população e mais de 50% dos idosos com idade superior a 65 anos.

A obesidade, que leva a um estresse excessivo nas articulações, mau alinhamento articular e a fraqueza muscular são alguns dos principais fatores de risco da OA, além do processo natural de envelhecimento.

A atividade física e esportiva, que pode ser considerada uma medida de prevenção e tratamento da OA, pode também ser a causadora da doença por meio de lesões articulares de caráter agudo ou crônico.

O início precoce da população jovem da prática esportiva resulta em uma alta incidência de sobrecarga nas articulações que sofrem a descarga de peso, tais como, por exemplo, pés, tornozelos, joelhos, quadris e coluna vertebral.

O tecido cartilaginoso presente nas articulações, apresenta uma baixa capacidade de regeneração, a avaliação desse processo degenerativo e a respectiva ação fisioterapêutica em atletas devem ser realizadas de maneira precoce, a fim de garantir maior longevidade a essa população. Além disso, é importante entender os mecanismos desencadeadores da doença e conhecer os principais fatores de riscos que podem acelerar o processo degenerativo, a fim de que os exercícios terapêuticos sejam adequados e não se tornem mais um fator de risco para o agravamento do processo degenerativo.

A cartilagem articular é uma fina camada (de 1-6mm) de cartilagem hialina que recobre a superfície articular de ossos em articulações sinoviais. Consiste de células e matriz intracelular, com um conteúdo de água de 65 a 80%, proteínas (colágeno, proteoglicanas e outras proteínas) e eletrólitos. Essa cartilagem é um material viscoelástico, que, juntamente com líquido sinovial, possibilita um movimento praticamente sem atrito das superfícies articulares. Dentre suas funções, podemos citar:
•Transferência de forças entre os ossos articulados;
•Aumento da congruência óssea;
•Distribuir forças articulares, a fim de minimizar a concentração de estresse mecânico;
•Absorver impactos;
•Possibilitar movimentos articulares com fricção mínima.

A OA é uma síndrome clínica que resulta da perda progressiva da cartilagem articular, acompanhada da tentativa de reparo do tecido cartilaginoso, do remodelamento e da esclerose do osso subcondral (logo abaixo da cartilagem) e em algumas circunstâncias, da formação de cistos subcondrais e osteófitos.

Os sintomas clínicos comuns são dor articular, rigidez, limitação de movimento, crepitação, inflamação associada a edema intra-articular, redução da amplitude de movimento e fraqueza muscular.

A dor que acomete os pacientes com OA nem sempre surge no início da degeneração articular no início da doença. Este fato está relacionado com o fato de a cartilagem não possuir inervação ou sensores de dor que sinalizem ao sistema nervoso o processo degenerativo. Em função disso, em muitos casos a OA se manifesta de forma assintomática e o processo degenerativo só é percebido pelos pacientes quando não há mais revestimento cartilaginoso.

Os principais fatores de riscos para o aparecimento e a progressão da OA incluem aspectos sistêmicos (idade, etnia, sexo e gênero) e biomecânicos (lesões articulares, obesidade, prática de esportes, ocupação, mau alinhamento postural, fraqueza muscular e displasia).

Para não estender muito o assunto, continuarei a desenvolver o tema na próxima publicação. Espero que esta primeira parte tenha esclarecido como a OA se inicia e falaremos mais de como o esporte pode ser o vilão em favor deste início. Aguardo vocês.






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