Novo tratamento de escoliose em crianças! Data da Publicação: 23/02/2015 Um tratamento minimamente invasivo baseado na estimulação muscular elétrica corrige a escoliose nas crianças A escoliose idiopática do adolescente (AIS) afeta 2%-3% dos adolescentes de 10 a 16 anos de idade. É mais frequente no sexo feminino que naqueles de sexo masculino (com uma proporção de 10 a 1). Além dos sinais físicos evidentes derivados da deformidade raquidiana visível, a escoliose idiopática do adolescente pode causar problemas psicológicos e emocionais (baixa autoestima, autoimagem corporal desfavorável, etc.) que reduzem significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Apesar de que os dispositivos ortopédicos auxiliaram nos tratamentos não cirúrgicos da escoliose idiopática do adolescente durante quase 50 anos, alguns estudos parecem indicar que esta técnica só pode deter o avanço da curvatura, mas não pode reduzir a deformidade. Por conseguinte, os dispositivos ortopédicos costumam condicionar ou reforçar os transtornos psicológicos em pacientes que utilizam o dispositivo ortopédico por um período prolongado. Os pacientes que apresentam escoliose de grande magnitude ou aqueles que mostram um avanço rápido e significativo da curvatura, no geral necessitam de um tratamento cirúrgico muito intensivo. Mais de 4000 adolescentes europeus se submetem a este procedimento a cada ano com o risco de efeitos secundários à longo prazo. “O tratamento cirúrgico corrige a deformidade da curvatura, mas 'fusiona' a coluna e elimina sua função. As consequências da fusão raquidiana à longo prazo são várias”, diz o professor Carlos Barrios, diretor do Instituto de Investigação de Transtornos Musculoesqueléticos da Universidade Católica de Valência, na Espanha.. Na atualidade tenta-se descobrir técnicas que não impliquem a fusão raquidiana extensa para conservar o arco de mobilidade fisiológico da coluna. Quando a doença é diagnosticada em uma etapa tardia ou avança com mais rapidez da prevista, na atualidade o tratamento só é baseado em dispositivos ortopédicos ou intervenção cirúrgica, cada um dos quais tem suas próprias desvantagens. Estudos recentes proporcionam evidência que indica as possibilidades de tratamentos alternativos. Achados recentes mostram que a AIS é uma expressão musculoesquelética de um transtorno do sistema nervoso central, em outras palavras, uma doença neurológica, explica o professor Barrios, quem foi premiado em duas ocasiões por suas publicações nos Congressos Anuais da EuroSpine. O projeto StimulAIS A disfunção neurológica afeta os músculos paravertebrais profundos e induz um desequilíbrio das forças que atuam sobre os segmentos vertebrais. O projeto StimulAIS está baseado nesta investigação. A iniciativa é respaldada por um consórcio internacional de empresas, institutos de investigação e universidades e tem como propósito introduzir tratamentos alternativos para a AIS baseados na estimulação muscular elétrica dos músculos rotadores paravertebrais profundos, uma técnica conhecida como estimulação elétrica funcional. Um consórcio está sendo integrado entre 3 países: o coordenador do projeto Tequir S.L. (Espanha), Synergie Ingeniere Medicale SARL (SYNIMED, França) e Bentronic Gesellschaft Für Medizintechnik GMBH (BENTRONIC, Alemanha), bem como três centros de investigação de referência: o Instituto de Biomecânica de Valência (IBV, Espanha), a Universidade Católica de Valência (UCV, Espanha) e Fraunhofer-Gesellschaft zur Förderung der Angewandten Forschung E.V. - IPMS (IPMS, Alemanha). Reunindo conhecimentos, o projeto desenvolveu os primeiros protótipos do dispositivo que proporcionam o tratamento de estimulação elétrica funcional. Como explica um porta-voz da Tequir, uma companhia espanhola que se especializa em tecnologia médica inovadora nos campos de medicina da coluna vertebral, ortopedia e traumatologia: “A unidade deveria proporcionar tratamentos personalizados. Está dirigido principalmente não só a inibir o avanço da curvatura, mas também possivelmente a corrigi-la em grau significativo.” Para conseguir isto, o projeto desenvolveu um dispositivo implantável que detecta e estimula os músculos chave bem como o software de controle da estimulação integrado para modulá-lo a patamares de tolerabilidade. Para implantar o dispositivo no tecido subcutâneo, a equipe desenvolveu instrumentos cirúrgicos minimamente invasivos. Os achados obtidos na fase de investigação foram incorporados em um protocolo de estimulação que permite a adaptação em tempo real aos dados recebidos e, portanto os tratamentos são mais eficazes. Como assinalam os associados do projeto, “cumprimos os objetivos iniciais e nossa proposta está significativamente mais próxima da comercialização. O seguinte objetivo do consórcio para continuar o projeto é produzir um protótipo completamente operacional em termos de maior relação eficiência-custo”, explica o professor Barrios. “Depois de chegar à colaboração com fornecedores especializados, esta versão do produto participará de estudos clínicos de fases II e III a fim de validar o dispositivo”. |
Novo tratamento de escoliose em crianças! Data da Publicação: 23/02/2015 Um tratamento minimamente invasivo baseado na estimulação muscular elétrica corrige a escoliose nas crianças A escoliose idiopática do adolescente (AIS) afeta 2%-3% dos adolescentes de 10 a 16 anos de idade. É mais frequente no sexo feminino que naqueles de sexo masculino (com uma proporção de 10 a 1). Além dos sinais físicos evidentes derivados da deformidade raquidiana visível, a escoliose idiopática do adolescente pode causar problemas psicológicos e emocionais (baixa autoestima, autoimagem corporal desfavorável, etc.) que reduzem significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Apesar de que os dispositivos ortopédicos auxiliaram nos tratamentos não cirúrgicos da escoliose idiopática do adolescente durante quase 50 anos, alguns estudos parecem indicar que esta técnica só pode deter o avanço da curvatura, mas não pode reduzir a deformidade. Por conseguinte, os dispositivos ortopédicos costumam condicionar ou reforçar os transtornos psicológicos em pacientes que utilizam o dispositivo ortopédico por um período prolongado. Os pacientes que apresentam escoliose de grande magnitude ou aqueles que mostram um avanço rápido e significativo da curvatura, no geral necessitam de um tratamento cirúrgico muito intensivo. Mais de 4000 adolescentes europeus se submetem a este procedimento a cada ano com o risco de efeitos secundários à longo prazo. “O tratamento cirúrgico corrige a deformidade da curvatura, mas 'fusiona' a coluna e elimina sua função. As consequências da fusão raquidiana à longo prazo são várias”, diz o professor Carlos Barrios, diretor do Instituto de Investigação de Transtornos Musculoesqueléticos da Universidade Católica de Valência, na Espanha.. Na atualidade tenta-se descobrir técnicas que não impliquem a fusão raquidiana extensa para conservar o arco de mobilidade fisiológico da coluna. Quando a doença é diagnosticada em uma etapa tardia ou avança com mais rapidez da prevista, na atualidade o tratamento só é baseado em dispositivos ortopédicos ou intervenção cirúrgica, cada um dos quais tem suas próprias desvantagens. Estudos recentes proporcionam evidência que indica as possibilidades de tratamentos alternativos. Achados recentes mostram que a AIS é uma expressão musculoesquelética de um transtorno do sistema nervoso central, em outras palavras, uma doença neurológica, explica o professor Barrios, quem foi premiado em duas ocasiões por suas publicações nos Congressos Anuais da EuroSpine. O projeto StimulAIS A disfunção neurológica afeta os músculos paravertebrais profundos e induz um desequilíbrio das forças que atuam sobre os segmentos vertebrais. O projeto StimulAIS está baseado nesta investigação. A iniciativa é respaldada por um consórcio internacional de empresas, institutos de investigação e universidades e tem como propósito introduzir tratamentos alternativos para a AIS baseados na estimulação muscular elétrica dos músculos rotadores paravertebrais profundos, uma técnica conhecida como estimulação elétrica funcional. Um consórcio está sendo integrado entre 3 países: o coordenador do projeto Tequir S.L. (Espanha), Synergie Ingeniere Medicale SARL (SYNIMED, França) e Bentronic Gesellschaft Für Medizintechnik GMBH (BENTRONIC, Alemanha), bem como três centros de investigação de referência: o Instituto de Biomecânica de Valência (IBV, Espanha), a Universidade Católica de Valência (UCV, Espanha) e Fraunhofer-Gesellschaft zur Förderung der Angewandten Forschung E.V. - IPMS (IPMS, Alemanha). Reunindo conhecimentos, o projeto desenvolveu os primeiros protótipos do dispositivo que proporcionam o tratamento de estimulação elétrica funcional. Como explica um porta-voz da Tequir, uma companhia espanhola que se especializa em tecnologia médica inovadora nos campos de medicina da coluna vertebral, ortopedia e traumatologia: “A unidade deveria proporcionar tratamentos personalizados. Está dirigido principalmente não só a inibir o avanço da curvatura, mas também possivelmente a corrigi-la em grau significativo.” Para conseguir isto, o projeto desenvolveu um dispositivo implantável que detecta e estimula os músculos chave bem como o software de controle da estimulação integrado para modulá-lo a patamares de tolerabilidade. Para implantar o dispositivo no tecido subcutâneo, a equipe desenvolveu instrumentos cirúrgicos minimamente invasivos. Os achados obtidos na fase de investigação foram incorporados em um protocolo de estimulação que permite a adaptação em tempo real aos dados recebidos e, portanto os tratamentos são mais eficazes. Como assinalam os associados do projeto, “cumprimos os objetivos iniciais e nossa proposta está significativamente mais próxima da comercialização. O seguinte objetivo do consórcio para continuar o projeto é produzir um protótipo completamente operacional em termos de maior relação eficiência-custo”, explica o professor Barrios. “Depois de chegar à colaboração com fornecedores especializados, esta versão do produto participará de estudos clínicos de fases II e III a fim de validar o dispositivo”. |