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O MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA

Data da Publicação: 22/08/2022 - 18:57:03

O Câncer de Mama pode ser considerado um grande problema de saúde pública, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres no mundo todo (520 mil mortes estimadas por ano) e o que mais causa óbitos em mulheres brasileiras na faixa etária de 40 a 59 anos de idade. Apesar de apresentar um bom prognóstico (95% de chances de cura quando detectados em fase inicial), ainda são elevadas as taxas de morbidade e mortalidade devido, principalmente, à detecção tardia do tumor, que já encontra-se em estágios mais avançados. Medidas de prevenção relativamente simples como o autoexame da mama, bem como detecção e diagnóstico precoces vem sendo estimulados para reverter este quadro. Estudos indicam que a prática de exercícios pode atuar como fator benéfico para a prevenção do Câncer de Mama, e o Pilates é um dos métodos adotados para tal. O QUE É CÂNCER DE MAMA? O Câncer de Mama é um tumor maligno caracterizado pelo crescimento anormal e desorganizado das células mamarias, que podem sofrer mutação genética e invadir tecidos e órgãos adjacentes. Grande parte dos tumores de mama são chamados de Carcinoma Ductal quando acomete os ductos mamários, podendo ser “in situ” (quando atinge apenas as primeiras camadas de células dos ductos), ou invasor (quando invade os tecidos adjacentes). Quando localizado nos lóbulos mamários é chamado de Carcinoma Lobular, menos comum e normalmente atinge as duas mamas. Mais raro e agressivo, o Carcinoma Inflamatório compromete toda a mama, tornando-a edemaciada e hiperemiada. É uma doença multifatorial, e fatores genéticos e ambientais contribuem para sua ocorrência, dentre eles estão relacionados:  Idade;  Duração da Idade Ovariana;  Alterações Hormonais;  Tempo de Amamentação;  Hereditariedade;  Obesidade;  Sedentarismo;  Hábitos de Vida (alimentação, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo);  Uso contínuo de Medicamentos (anticoncepcionais e repositores hormonais);  Predisposição Genética (mutações dos genes BRCA1/BRCA2);  Fatores Ambientais (exposição a irradiação); Apesar de raro, homens também podem desenvolver o câncer de mama, apresentando apenas 1% dos casos. Geralmente assintomático, o câncer de mama na maioria dos casos é detectado pela presença de nódulos endurecidos nos seios ou axilas e deformidades ou assimetria nas mamas. Em casos mais avançados pode apresentar aumento de volume nas mamas, vermelhidão na pele, dor na mama, dor e/ ou inversão dos mamilos, presença de secreção sanguinolenta ou serosa nos mamilos, feridas nos mamilos, irritação ou retração da pele, e edema no braço. Vale lembrar que as mamas se modificam ao longo da vida da mulher e do ciclo menstrual, sendo que nem sempre o aparecimento de nódulos nas mamas significa câncer de mama. Esses nódulos mamários podem ser cistos e adenomas benignos. As maneiras mais eficazes para detecção do câncer de mama precoce são: - AUTOEXAME DAS MAMAS: que deve ser realizado mensalmente, entre o 7° e o 10° dia após o período menstrual ou então em qualquer época do mês para as mulheres que já se encontram na menopausa. - EXAME CLÍNICO: realizado pelo ginecologista durante a consulta de rotina anual. - MAMOGRAFIA: realizada anualmente a partir dos 40 anos ou quando o médico achar necessário antes desta faixa etária. PILATES AUXILIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA Além de o exercício prevenir o desenvolvimento do câncer de mama e de várias outras doenças, a Sociedade Americana do Câncer recomenda que os pacientes retornem à atividade física logo após o tratamento (seja cirúrgico, quimioterápico, radioterápico ou por terapia hormonal), e evitem a inatividade física. Esta recomendação inclui a prática de atividade física regular com exercícios resistidos por pelo menos 2 vezes por semana, num total de 150 minutos de exercícios. O exercício físico desencadeia no corpo a liberação de diversos hormônios capazes de reduzir as dores e melhorar a sensação de bem-estar da paciente, melhorando a qualidade do sono, o humor e estimular a libido. Tudo isso sem contar os benefícios musculoesqueléticos e nos sistemas circulatório, linfático e cardiorrespiratório, pois o exercício também estimula o sistema imunológico a combater os radicais livres que danificam as células saudáveis. Outro fator importante da prática de exercícios por pacientes com câncer é a redução da gordura corporal, pois o excesso de gordura aumenta a produção de hormônios (principalmente estrogênio) e de substâncias ligadas ao crescimento corporal, que podem servir de combustível para o crescimento tumoral. Para reverter essas consequências do tratamento, o exercício físico tem exercido um papel importante no tratamento, e é neste quesito que o Método Pilates se encaixa perfeitamente, por ser uma atividade física individualizada e altamente adaptável às necessidades de cada paciente. Os exercícios de alongamento e fortalecimento específicos do Pilates são executados de forma dinâmica e progressiva, sem impacto e sem oferecer riscos à paciente, que já se encontra muito debilitada em virtude de todo o tratamento cirúrgico e do tratamento complementar. Inicialmente os exercícios de Pilates selecionados devem levar em consideração as debilidades apresentadas pela paciente, evoluindo gradativamente a dificuldade dos exercícios. São realizados inicialmente exercícios de nível básico para a paciente conhecer a técnica, adaptar-se aos aparelhos e aos exercícios, associando-os aos princípios do Método Pilates. Com o tempo pode-se inserir os exercícios de nível intermediário e avançado, de acordo com a evolução da paciente. Estudos indicam que o Pilates contribui positivamente no tratamento do câncer de mama de diversas maneiras, dentre elas:  Melhora a Fadiga;  Reduz os Efeitos Colaterais do Tratamento;  Melhora Sistema Cardiorrespiratório, Circulatório e Linfático;  Mantem a Saúde Óssea;  Diminui Dores Crônicas;  Restaura Amplitude de Movimento principalmente de Ombro;  Aumento da Resistência e Força Muscular principalmente da Musculatura da Cintura Escapular;  Fortalece o Power House;  Alivia Tensões e Estresse;  Melhora Consciência Corporal;  Reduz o quadro Depressivo;  Reduz o Risco de Tumores Recidivos;  Melhora a Qualidade de Vida da Paciente; O Pilates vem sendo reconhecido como um eficaz método para auxiliar o tratamento do Câncer de mama por ser uma atividade que visa o condicionamento físico e mental altamente individualizado e adaptável as condições físicas da paciente. Através de seus exercícios lentos, dinâmicos e progressivos, o Pilates trabalha o corpo de uma maneira global, sem perder o foco na reabilitação da cintura escapular, ombro e tronco, estruturas mais afetadas com a cirurgia, melhorando então a qualidade de vida e retomando a autoestima dessas mulheres submetidas ao tratamento deste tipo de câncer.

Elaboração: Professora e Fisioterapeuta Luciana Silva

 




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O MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA

Data da Publicação: 22/08/2022 - 18:57:03

O Câncer de Mama pode ser considerado um grande problema de saúde pública, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres no mundo todo (520 mil mortes estimadas por ano) e o que mais causa óbitos em mulheres brasileiras na faixa etária de 40 a 59 anos de idade. Apesar de apresentar um bom prognóstico (95% de chances de cura quando detectados em fase inicial), ainda são elevadas as taxas de morbidade e mortalidade devido, principalmente, à detecção tardia do tumor, que já encontra-se em estágios mais avançados. Medidas de prevenção relativamente simples como o autoexame da mama, bem como detecção e diagnóstico precoces vem sendo estimulados para reverter este quadro. Estudos indicam que a prática de exercícios pode atuar como fator benéfico para a prevenção do Câncer de Mama, e o Pilates é um dos métodos adotados para tal. O QUE É CÂNCER DE MAMA? O Câncer de Mama é um tumor maligno caracterizado pelo crescimento anormal e desorganizado das células mamarias, que podem sofrer mutação genética e invadir tecidos e órgãos adjacentes. Grande parte dos tumores de mama são chamados de Carcinoma Ductal quando acomete os ductos mamários, podendo ser “in situ” (quando atinge apenas as primeiras camadas de células dos ductos), ou invasor (quando invade os tecidos adjacentes). Quando localizado nos lóbulos mamários é chamado de Carcinoma Lobular, menos comum e normalmente atinge as duas mamas. Mais raro e agressivo, o Carcinoma Inflamatório compromete toda a mama, tornando-a edemaciada e hiperemiada. É uma doença multifatorial, e fatores genéticos e ambientais contribuem para sua ocorrência, dentre eles estão relacionados:  Idade;  Duração da Idade Ovariana;  Alterações Hormonais;  Tempo de Amamentação;  Hereditariedade;  Obesidade;  Sedentarismo;  Hábitos de Vida (alimentação, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo);  Uso contínuo de Medicamentos (anticoncepcionais e repositores hormonais);  Predisposição Genética (mutações dos genes BRCA1/BRCA2);  Fatores Ambientais (exposição a irradiação); Apesar de raro, homens também podem desenvolver o câncer de mama, apresentando apenas 1% dos casos. Geralmente assintomático, o câncer de mama na maioria dos casos é detectado pela presença de nódulos endurecidos nos seios ou axilas e deformidades ou assimetria nas mamas. Em casos mais avançados pode apresentar aumento de volume nas mamas, vermelhidão na pele, dor na mama, dor e/ ou inversão dos mamilos, presença de secreção sanguinolenta ou serosa nos mamilos, feridas nos mamilos, irritação ou retração da pele, e edema no braço. Vale lembrar que as mamas se modificam ao longo da vida da mulher e do ciclo menstrual, sendo que nem sempre o aparecimento de nódulos nas mamas significa câncer de mama. Esses nódulos mamários podem ser cistos e adenomas benignos. As maneiras mais eficazes para detecção do câncer de mama precoce são: - AUTOEXAME DAS MAMAS: que deve ser realizado mensalmente, entre o 7° e o 10° dia após o período menstrual ou então em qualquer época do mês para as mulheres que já se encontram na menopausa. - EXAME CLÍNICO: realizado pelo ginecologista durante a consulta de rotina anual. - MAMOGRAFIA: realizada anualmente a partir dos 40 anos ou quando o médico achar necessário antes desta faixa etária. PILATES AUXILIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA Além de o exercício prevenir o desenvolvimento do câncer de mama e de várias outras doenças, a Sociedade Americana do Câncer recomenda que os pacientes retornem à atividade física logo após o tratamento (seja cirúrgico, quimioterápico, radioterápico ou por terapia hormonal), e evitem a inatividade física. Esta recomendação inclui a prática de atividade física regular com exercícios resistidos por pelo menos 2 vezes por semana, num total de 150 minutos de exercícios. O exercício físico desencadeia no corpo a liberação de diversos hormônios capazes de reduzir as dores e melhorar a sensação de bem-estar da paciente, melhorando a qualidade do sono, o humor e estimular a libido. Tudo isso sem contar os benefícios musculoesqueléticos e nos sistemas circulatório, linfático e cardiorrespiratório, pois o exercício também estimula o sistema imunológico a combater os radicais livres que danificam as células saudáveis. Outro fator importante da prática de exercícios por pacientes com câncer é a redução da gordura corporal, pois o excesso de gordura aumenta a produção de hormônios (principalmente estrogênio) e de substâncias ligadas ao crescimento corporal, que podem servir de combustível para o crescimento tumoral. Para reverter essas consequências do tratamento, o exercício físico tem exercido um papel importante no tratamento, e é neste quesito que o Método Pilates se encaixa perfeitamente, por ser uma atividade física individualizada e altamente adaptável às necessidades de cada paciente. Os exercícios de alongamento e fortalecimento específicos do Pilates são executados de forma dinâmica e progressiva, sem impacto e sem oferecer riscos à paciente, que já se encontra muito debilitada em virtude de todo o tratamento cirúrgico e do tratamento complementar. Inicialmente os exercícios de Pilates selecionados devem levar em consideração as debilidades apresentadas pela paciente, evoluindo gradativamente a dificuldade dos exercícios. São realizados inicialmente exercícios de nível básico para a paciente conhecer a técnica, adaptar-se aos aparelhos e aos exercícios, associando-os aos princípios do Método Pilates. Com o tempo pode-se inserir os exercícios de nível intermediário e avançado, de acordo com a evolução da paciente. Estudos indicam que o Pilates contribui positivamente no tratamento do câncer de mama de diversas maneiras, dentre elas:  Melhora a Fadiga;  Reduz os Efeitos Colaterais do Tratamento;  Melhora Sistema Cardiorrespiratório, Circulatório e Linfático;  Mantem a Saúde Óssea;  Diminui Dores Crônicas;  Restaura Amplitude de Movimento principalmente de Ombro;  Aumento da Resistência e Força Muscular principalmente da Musculatura da Cintura Escapular;  Fortalece o Power House;  Alivia Tensões e Estresse;  Melhora Consciência Corporal;  Reduz o quadro Depressivo;  Reduz o Risco de Tumores Recidivos;  Melhora a Qualidade de Vida da Paciente; O Pilates vem sendo reconhecido como um eficaz método para auxiliar o tratamento do Câncer de mama por ser uma atividade que visa o condicionamento físico e mental altamente individualizado e adaptável as condições físicas da paciente. Através de seus exercícios lentos, dinâmicos e progressivos, o Pilates trabalha o corpo de uma maneira global, sem perder o foco na reabilitação da cintura escapular, ombro e tronco, estruturas mais afetadas com a cirurgia, melhorando então a qualidade de vida e retomando a autoestima dessas mulheres submetidas ao tratamento deste tipo de câncer.

Elaboração: Professora e Fisioterapeuta Luciana Silva

 







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